A partir desta quarta-feira (14), volta a valer em Anápolis o decreto municipal, normatizado por uma matriz que leva em consideração o risco de colapso no sistema de saúde. Nos últimos 10 dias, houve uma queda significativa na quantidade de casos confirmados, óbitos e internações graves.
No caso dos leitos de UTI, fator principal da matriz de risco, a taxa de ocupação hoje é de aproximadamente 70%, o que coloca o município no chamado "risco moderado" de colapso no sistema de saúde. Com a decisão do executivo em devolver a vigência do decreto municipal, o revezamento 14x14 determinado pelo Estado não tem mais validade no município a partir desta quarta-feira (14).
Pelas regras do decreto estadual, o município teria que adotar novamente as medidas mais restritivas, popularmente conhecidas como "lockdown". Com a nova realidade do sistema municipal de saúde, a Prefeitura entende que conta com mecanismos jurídicos para adotar novamente o próprio decreto, com protocolos que permitem o funcionamento de boa parte das atividades econômicas, com todos os cuidados sanitários previstos em Lei.
Em vídeo publicado nas redes sociais, onde o anúncio foi feito, o prefeito Roberto Naves destacou a importância de se ter um equilíbrio entre as medidas restritivas e o funcionamento das atividades econômicas: "Nós estamos aqui pra enfrentar a pandemia, pra salvar o maior número de vidas possível, mas também pra garantir o direito de cada trabalhador pra que possa levar o sustento pra sua família", disse o prefeito.
Ele ainda pediu a colaboração dos anapolinos para que respeitem as normas sanitárias. "Sigam os protocolos e ajudem a Prefeitura de Anápolis a continuar preservando a vida e dando condições para que o trabalhador possa levar o sustento pra casa", finalizou Naves.
Segunda onda em queda
Para se ter uma ideia da queda nos índices da pandemia em Anápolis, se levarmos em conta os 10 últimos dias de março em comparação aos 10 primeiros dias de abril, a diminuição dos casos confirmados é de 61%, tendo sua média caindo de 328 casos por dia no primeiro período para 125 casos por dia no segundo.
No quesito óbitos também houve uma queda considerável, com redução de 40% na média de óbitos nos últimos dez dias. Os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde atribuem esta queda à adoção de medidas restritivas em março, pior mês da pandemia, e também à campanha de vacinação no município que tem sido eficaz e rápida.