Todo alimento é oriundo de doações voluntárias de comerciantes do Mercado do Produtor, onde, por questões de logística, também funciona a sede do Banco. “O trabalho é realizado em várias frentes, normalmente em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social, de modo a garantir as frutas e verduras a quem, de fato, necessita”, explica Joyce Aurora de Paula, diretora de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo da Semdea, lembrando que todos os beneficiados passam por triagem e são cadastrados.
A engenharia das doações é simples e respeita um cronograma semanal. De segunda-feira à quinta-feira, a partir das 10h, as 42 entidades filantrópicas cadastradas na Secretaria de Desenvolvimento Econômico retiram os kits de alimentos – de cerca de 20 quilos -, diretamente na sede do Banco. Há uma escala pré-fixada dividindo-as em grupos ao longo desses quatro dias. “A separação foi adotada para facilitar a distribuição e reduz o tempo de espera de cada beneficiado”, diz Joyce.
Já no período de terça à quinta-feira, aproximadamente 200 pessoas em situação de vulnerabilidade social, também devidamente cadastradas, buscam o benefício no Banco de Alimentos. Nas sextas-feiras, às 9h, é a vez de idosos, gestantes e pessoas com deficiência garantirem suas cestas. Antes, no entanto, elas são convidadas pela Prefeitura a participar de um café da manhã. “Aqui nós conseguimos um grande avanço, retirando o pessoal das filas às quais ficavam expostos, muitas vezes debaixo de sol forte”, comenta a diretora de Indústria e Comércio.
Mais
Mas, o alcance do Banco de Alimentos vai além. Ele também destina 60 quilos de frutas e verduras, todas as sextas-feiras, ao Centro Pop (Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua), frequentado por 50 pessoas. Outras 62 duas cestas abastecem o Caminhão da Solidariedade, que as encaminha ao público assistido pelos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social). Ambos os espaços são vinculados à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
Projetos
Além de oferecer o que comer a quem necessita, o Banco de Alimentos quer ampliar suas atribuições em 2020. Dois projetos já estão em fase de análise de viabilidade. O primeiro diz respeito à oferta de cursos de qualificação. O outro é a implantação de um disk-doações, para facilitar ainda mais a chegada dos alimentos a seu público-alvo. “Precisamos sempre buscar alternativas que melhorem os serviços prestados à população, principalmente quando se trata de questões tão sensíveis”, diz Jakson Charles, secretário interino de Desenvolvimento Econômico.