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1ª edição dos jogos reúne cerca de 200 pessoas
29/05/2019 23:31 em Anápolis em destaque

Queimada mista, dama, dominó, truco, vôlei misto e torneio de golzinho foram as modalidades aplicadas na 1ª edição dos Jogos Anapolinos de Saúde Mental, realizados nesta quarta-feira, 29, no Ginásio Internacional Newton de Faria.

 
A competição contou com cerca de 200 pessoas entre usuário dos serviços de saúde mental, profissionais do setor e estudantes de Anápolis e municípios vizinhos como Pirenópolis e Alexânia. “Os vencedores em cada categoria receberam premiação”, contou a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Juliana Macedo.
 
Os jogos encerraram o 2º Encontro Anapolino de Saúde Mental, sob o tema Cuidado em Liberdade, cujo objetivo foi ampliar o acesso à informação e questionar as relações de estigma e exclusão que culturalmente se estabeleceram para com as pessoas que possuem algum transtorno mental.
 
Além disso, lembrou o dia 18 de maio, data marcada pela Luta Antimanicomial. Nos dois dias de eventos, foram realizadas orientações sobre os serviços, exposição de produção artística e artesanato confeccionado pelos usuários dos serviços, música, dança, teatro, poesia e batalha de rap.
 
“Se contarmos todos - usuários, familiares, estudantes e pessoas ligadas ao tema – o número de presentes passou dos 300”, informou Juliana Macedo. O evento é uma das inúmeras atividades promovidas na área de saúde mental no município que conta com três unidades do Centro de Apoio Psicossocial (Caps) e o Espaço Florescer – Ambulatório de Saúde Mental. 
 
Desafio
O Movimento Social da Luta Antimanicomial busca transformar o pensamento sobre Saúde Mental e o tratamento de pessoas em adoecimento mental, com o intuito de fortalecer a proposta de um cuidado territorial, comunitário e contínuo que possibilite a participação social.
 
Caracteriza-se pela garantia dos direitos das pessoas com sofrimento mental e a liberdade enquanto estratégia de cuidado. Ainda neste contexto, está o combate à idéia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, idéia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental.
 
O Movimento da Luta Antimanicomial faz lembrar que, como todo cidadão, estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, à convivência em sociedade, além do direto ao cuidado e tratamento, sem que para isto tenham que abrir mão de sua cidadania.
 
As condições da saúde mental no Brasil evoluíram com as conquistas do Movimento, porém ainda há muito que fazer. No mês de maio, são realizados vários eventos por todo Brasil, com o objetivo de promover o cuidado em liberdade, para que pessoas com transtornos mentais (sofrimento psíquico) possam usufruir de uma atenção especializada e humanizada. 
 
Trata-se de promover a cultura do tratamento, da convivência e da tolerância, proporcionando uma reinserção social daqueles que já foram prejudicados, possibilitando uma assistência integral à saúde dos mesmos. “Temos que considerar o indivíduo como um todo, não apenas a doença e o seu contexto histórico e familiar”, comentou o secretário municipal de Saúde, Lucas Leite.
 
 

http://www.anapolis.go.gov.br

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