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VÔLEI FEMININO PARA DEFICIENTES - NO LIMITE !!
26/05/2019 11:28 em Anápolis em destaque

Sem dúvida a Inclusão está presente em todas as áreas sociais, pois é uma tendência de extrema necessidade humana. No esporte não poderia ser diferente, tomando por exemplo a Paraolimpíada...Mas infelizmente a realidade para quem tem deficiência física no quesito incentivos , nem sempre é tão fantástica como a vontade de superar. É o caso da jogadora Irene Mendes , 20 anos como atleta do vôlei feminino para deficientes...Moradora de Goiânia, a atleta representa a ADD / SP, associação desportiva de deficientes, que de lá não recebe o apoio financeiro necessário para suas idas e vindas durante os torneios, fazendo com que a desportista se redobre em esforço pessoal para participar, já não obstante a limitação física . 
O campeonato brasileiro de vôlei feminino para deficientes ocorrido nesses dias ( 23 a 25 de maio ) em Anápolis - GO, foi um grande exemplo de superação, mas que poderia ter um resultado mais animador , uma vez que apesar da boa participação da secretaria de esporte local, muito deixou -se de ver quando o assunto foi investimento no aspecto de federação nacional , e por que não dizer à nível de Estado e município, uma vez que é notório a existência de tantos órgãos envolvidos na causa da pessoa com deficiência. Mas deficiente mesmo , foi a presença física já apartir de seus representantes em um evento de uma envergadura tão nobre, O ESPORTE , em especial o feminino, pessoas que têm que jogar sentadas , pelo limite de seus corpos..." As vezes , antes ou depois do jogo , não tinha certeza do que ia me alimentar..!", disse uma das atletas. As mesmas parecem mesmo ser voluntárias na competição, pela paixão que têm pelo esporte . 
Em conversa reservada com o vice presidente da Confederação brasileira de vôlei para deficientes, CBVD, Adilson Nery, também deficiente, o mesmo se demonstrou surpreso e desconhecia como se dava o trato das atletas , desde a saída de suas cidades até o local do evento, hospedagem, transporte e retorno. Nessa competição , 6 cidades participaram, entre elas , Aracaju e Aparecida de Goiânia. 
O que ficou claro com a realização do evento em Anápolis, que apesar de toda logística montada, beleza , suor da competição, "holofotes", foi a dura realidade do limite , de que faltam incentivos financeiros para essa modalidade esportiva no Brasil por um todo , ou se já existe , não aparece como devia. 
Se incluir é necessário, não se pode de jeito algum deixar de acolher de forma digna , qualquer um que demonstre necessidade , em especial quando esse , não obstante o visível limite do corpo, consegue dar exemplo da superação, mostrando que a prática do esporte é uma alternativa salutar de disciplina , adrenalina e da alegria de que o importante no Campeonato da vida , não é " ganhar " , mas estar inserido na competição da busca pelo respeito e apoio ao que tem limites que a própria vida lhe impôs.
FOTOS : Professor Erchibaldo Ferreira ( AEE de escola pública ) , Irene Mendes , atleta do ADD/SP e o Adilson Nery, vice presidente da Confederação Brasileira de vôlei para deficientes .

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