Criados há mais de 20 anos em Anápolis, os Conselhos Municipais de Segurança (Consegs) têm como função identificar e avaliar as demandas apresentadas pelos moradores de cada, região ligados à segurança pública. Posteriormente encaminhar essas solicitações para serem resolvidas. Atualmente, o município conta com 16 unidades dos Consegs e nunca na história de Anápolis os Conselhos Municipais de Segurança foram tão participativos. Por meio de políticas públicas a Prefeitura de Anápolis, por meio do Observatório de Segurança Pública, incentiva e garante o funcionamento efetivo dos mesmos.
“Os conselhos devem ser porta-vozes direto da comunidade com os órgãos de segurança, para garantir que os problemas apresentados pela comunidade na área, sejam solucionados. Com isso, criar dentro do cidadão o sentimento de que segurança não se faz de forma isolada, para que funcione, a população precisa interagir com a polícia”, explica o diretor do Observatório de Segurança, Glayson Reis.
As ações conjuntas tiveram início em 2017. Foi disponibilizado veículo e o local, onde os membros dos Conselhos se reúnem periodicamente, para levantar as demandas e as encaminharem para os órgãos competentes. Os representantes não recebem apenas o apoio logístico, mas também o resguardo pelo encaminhamento e resolução das demandas.
Conforme o presidente do 13° Conselho Municipal de Segurança, Dirso Rosa de Jesus, a partir da parceria entre os moradores, Conseg e órgãos de segurança foi possível criar uma rede para aperfeiçoar o atendimento da Polícia Militar na região e também contribuir para a prevenção de pequenos delitos. “Os índices de violência em Anápolis, ao contrário da maioria dos municípios brasileiros, são os menores dos últimos tempos. E a comunidade se sente segura e confia no Plano Municipal de Segurança, pois a adesão aos programas é enorme”, pontua.
O incentivo dado pela Prefeitura de Anápolis aos Conselhos Municipais já deu os primeiros resultados, com essa parceria surgiu o Vizinhança Solidária. O projeto faz parte do Plano Municipal de Segurança implantado pela administração Roberto Naves. Nele, moradores e comerciantes, sob a gestão do Observatório, se organizam em grupos para colaborar com o trabalho das forças policiais.
A primeira etapa foi a criação dos grupos no aplicativo WhatsApp. Já são mais de 50, com a participação de oito mil cidadãos, de diversas regiões da cidade. Todos ficam sob a administração do Observatório, que monitora e faz os encaminhamentos necessários. “Os primeiros resultados apontaram redução de até 80% nos furtos e roubos, em algumas regiões”, conclui, Glayson Reis. A próxima etapa é o videomonitoramento, na qual a sociedade civil se reúne, adquire as câmeras e o Observatório opera os equipamentos no trabalho de monitoramento das regiões.